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Research and Innovation

Uma nova rede colaborativa europeia sobre as doenças da idade

Com o envelhecimento da população europeia, aumenta o peso das doenças da idade. Uma via de investigação promissora é o estudo da forma como a disfunção proteica pode causar cancro e doenças neurodegenerativas. O projeto PhasAGE, financiado pela UE, criou um centro de investigação dedicado à separação de fase de proteínas, aumentando a capacidade de investigação da Europa para prevenir e tratar as doenças da idade.

©Vera Kuttelvaserova #56829888 | source: stock.adobe.com

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O aumento da população idosa na Europa suscitou preocupações quanto ao peso crescente das doenças da idade, como o cancro e as doenças neurodegenerativas. Em resposta, o projeto PhasAGE criou uma rede colaborativa europeia que oferece investigação e formação sobre os processos biomoleculares subjacentes a estas doenças. De especial interesse é a área emergente da separação de fase de proteínas, que examina o comportamento das proteínas em células vivas.

«É essencial investir nas doenças associadas ao envelhecimento», afirma a coordenadora do projeto PhasAGE, Sandra Ribeiro. «Queremos reforçar a ligação entre a forma como estas proteínas únicas se comportam e a razão da sua disfunção nas doenças neurodegenerativas.»

O Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC/i3S), em Portugal, está no cerne do projeto PhasAGE e é já reconhecido pela sua investigação em biologia celular e molecular. No entanto, os investigadores do IBMC/i3S precisavam de melhorar as suas competências em biologia de sistemas, bioinformática e biofísica avançada para complementar a investigação em curso sobre a forma como as proteínas se agrupam e evoluem à medida que envelhecemos.

«Apesar de estarmos a estudar doenças e funções celulares no IBMC/i3S, não havia investigação ativa sobre separação de fase de proteínas», explica a coordenadora. «Outros investigadores europeus estavam a progredir rapidamente nesta área, pelo que decidimos transmitir estes conhecimentos aos nossos alunos e colegas.»

Foi criado um consórcio de investigadores de quatro universidades europeias. Os institutos colaboraram em diferentes aspectos da investigação, combinando resultados para garantir progressos. O foco científico era a forma como as propriedades estruturais das proteínas afetam as suas funções biológicas e como a sua disfunção pode levar à doença.

As metas foram estruturadas em pacotes de trabalho centrados em quatro objetivos principais: melhorar a capacidade de investigação e a qualidade da formação; conceber e aplicar um fluxo de trabalho com novas tecnologias e ferramentas; estabelecer colaborações e manter uma rede de investigação aberta e alargar os conhecimentos científicos através de atividades de divulgação e sensibilização.

O poder da colaboração

A componente mais importante do projeto PhasAGE é a colaboração entre o IBMC/i3S, a Universidade de Pádua, em Itália, a Universidade Autónoma de Barcelona, em Espanha, e o Instituto Flamengo de Biotecnologia, na Bélgica. Esta rede esperava reforçar a investigação e a formação no IBMC/i3S, melhorando também as capacidades de investigação e de ensino dos seus parceiros.

«Decidimos criar duas escolas de formação no Porto, o que levou a colaborações sólidas a partir daí», acrescenta Sandra Ribeiro. «Os estudantes e os pós-doutorandos trabalhavam cada vez mais em conjunto, e era crucial para nós iniciar projetos conjuntos e dar vida a algumas das nossas ideias.»

O PhasAGE não se centrou apenas na investigação propriamente dita, procurando também sensibilizar através da partilha de informações com os cidadãos e com a comunidade científica. A iniciativa organizou workshops, realizou atividades de sensibilização nas redes sociais e publicou inúmeros artigos para promover a compreensão. O projeto registou igualmente um aumento da procura de programas de doutoramento por parte dos estudantes nos quatro institutos de investigação.

A coordenadora observa o seguinte: «O PhasAGE até organizou workshops especificamente para estudantes de Biologia em idade pré-universitária, para os interessar na estrutura das proteínas, porque queremos aumentar o número de investigadores que trabalham nesta área».

Progressos rumo ao sucesso

Até agora, os principais resultados científicos incluem a criação de estratégias para combater a separação de fases aberrante e a investigação de um potencial tratamento com dopamina para a doença de Machado-Joseph, uma doença genética que provoca a perda progressiva da função muscular.

A PhasAGE conta ainda com 40 publicações em revistas científicas revistas por pares, a organização de três conferências internacionais e cinco escolas de formação. A iniciativa centrou-se ainda na criação de parcerias fora do meio académico para garantir futuras possibilidades de financiamento.

Embora resida indubitavelmente nos seus resultados de investigação, o êxito do projeto também aumentou a visibilidade e a capacidade do anfitrião do projeto, o IBMC/i3S, consolidando a posição da universidade como um centro de excelência. À medida que evolui, espera-se que o PhasAGE produza informações ainda mais valiosas sobre as doenças da idade.

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Informações sobre o projeto

Acrónimo do projeto
PhasAGE
N.º do projeto
952334
Coordenador do projeto: Portugal
Participantes no projeto:
Bélgica
Itália
Portugal
Espanha
Custo total
€ 899 741
Contribuição da UE
€ 899 741
Duração
-

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